Durante todo o ano de 2017, a Zula Cia de Teatro, em parceria com Gláucia Vandeveld, Kelly Crifer e Mariana Maioline, deram continuidade ao projeto A ARTE COMO POSSIBILIDADE DE LIBERDADE. Dentro de um complexo penitenciário feminino de Belo Horizonte, realizaram diversas ações artísticas e pedagógicas.
– INICIAÇÃO À PRÁTICA TEATRAL: aulas de teatro, uma vez por semana, por 02 horas, para 30 mulheres em privação de liberdade, que cometeram crimes hediondos ou de repercussão. Geralmente os encontros aconteciam às terças-feiras, de 14 às 16 horas.
– EXPOSIÇÃO VISUAL/ARTÍSTICA: montagem de uma instalação visual/sonora a partir dos relatos de aulas e experiências das mulheres encarceradas.
– FRUIÇÃO ARTÍSTICA: foram apresentados 02 espetáculos teatrais, Ensaio para a Senhora Azul, de Kelly Crifer, dirigido por Robson Vieira e As Rosas no Jardim de Zula, primeiro espetáculo da Zula Cia. de Teatro. Ambas apresentações foram fundamentais para o processo junto às mulheres encarceradas, por três motivos: garantiram o acesso delas à cultura; elas puderam ser espectadoras e conceber o que é teatro, o que é estar em cena; e assistiram suas próprias professoras/artistas em cena. Esse ato de ver, potencializou um movimento identitário e de representatividade, ambos importantes motivadores para a elaboração cênico criativa.
– ELABORAÇÃO CRIATIVA: construção de um espetáculo teatral para que as mulheres encarceradas pudessem exercitar o fazer teatral, cênico, para a conclusão dos encontros; Nesta etapa, foi realizado um encontro de preparação vocal com a professora Ana Hadad.
O projeto teve seu encerramento no dia 26 de setembro de 2017, dia em que foi realizada a apresentação da cena curta BANHO DE SOL, protagonizada pelas alunas/mulheres em privação de liberdade.