Com uma programação totalmente virtual, em função da pandemia da Covid-19, esta Mostra tem a intenção de dividir com o público toda a trajetória do grupo como forma de celebrar os 9 anos e meio da Cia.
A Mostra prevê a realização de ações artísticas gratuitas, como apresentações de seus 3 espetáculos, ações de formação, como a realização de duas oficinas e ações reflexivas, como a realização do Congresso “A Arte como Possibilidade de Liberdade”.
As apresentações dos espetáculos acontecerão de forma virtual, com tradução em libras, sendo cada uma delas em um formato diferente:
– “As Rosas no Jardim de Zula” acontecerá através de uma transmissão ao vivo pelo YouTube da Cia, a partir do C.A.S.A. (Centro de Arte Suspensa Armatrux).
– “MAMÁ!” acontecerá de forma performática, com as atrizes cada uma de sua casa em transmissão ao vivo pelo YouTube da Cia. A ideia é usufruir deste espaço privado para trazer outros significados para cena.
– “BANHO DE SOL” acontecerá em forma de live comentada do espetáculo com transmissão ao vivo pelo YouTube da Cia.
Como proposta de ação formativa, a Cia. realizará duas oficinas culturais.
– Teatro Documentário e Biodrama e o Workshop MÃE, MULHER?
Como proposta de ação reflexiva, a Cia realizará o Congresso “A Arte como Possibilidade de Liberdade”
A Zula Cia de Teatro, aproveitando este formato on line, terá como foco para a divulgação deste projeto todo o público Minas Gerais e outros estados em que a Cia já circulou, fazendo com que esta celebração seja dividida com todos que já entraram em contato com a obra da Cia.
A Mostra 9 e meio Zula! É uma realização da Zula Cia de Teatro e conta com os recursos da Lei Emergencial Aldir Blanc da SECULT MG.
Esperamos vocês!
Devido ao isolamento causado pela pandemia da Covid-19, o trabalho foi adaptado para ser realizado de forma remota. A peça tem estrutura narrativa onde as atrizes compartilham suas memórias vividas ministrando aulas de teatro para mulheres em situação de cárcere dentro do complexo penitenciário. Para o experimento online a dramaturgia do espetáculo foi revisitada para que se conte alguns desses momentos intercalados com imagens de apresentações. Como Banho de Sol joga com o público no modo presencial e o público é parte atuante desta obra artística também será feita interação no formato online.
REALIZAÇÃO: Zula Cia. de Teatro
DIREÇÃO: Mariana Maioline e Talita Braga
DRAMATURGIA: Talita Braga
TEXTOS: Gláucia Vandeveld, Kelly Crifer, Mariana Maioline e Talita Braga
CONSULTORIA DRAMATÚRGICA: Vinícius Souza
CRIAÇÃO E ATUAÇÃO: Gláucia Vandeveld, Kelly Crifer, Mariana Maioline e Talita Braga
ILUMINAÇÃO: Cristiano Araújo
TRILHA SONORA E VÍDEOS: André Veloso
CENÁRIO, FIGURINO E EXPOGRAFIA: Alexandre Tavera
DIREÇÃO DE TEXTO: Ana Hadad
ASSESSORIA DE MOVIMENTO CÊNICO: Fabrício Trindade
DESIGN: Philippe Albuquerque
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Andréia Quaresma
O presente congresso propõe a realização de atividades formativas, tendo como foco de discussão o tema “A Arte como Possibilidade de Liberdade”. A intenção primeira desta atividade formativa é dividir com o público as diversas maneiras que a arte educação tem de promover mudanças em ambientes de Privação de Liberdade, além de ser uma grande aliada na prevenção da criminalidade, oferecendo aos jovens em situação de vulnerabilidade social uma experiência de refletir e sentir o mundo por um olhar sensível e crítico.
Apresentação do Projeto “A arte como possibilidade de liberdade”, realizado em um complexo penitenciário feminino da cidade de Belo Horizonte e que foi o ponto de partida para a criação do espetáculo BANHO DE SOL, da Zula Cia de Teatro.
Neste dia, o congresso contará com a participação da Lana Thairine, egressa do sistema prisional e que participou do projeto enquanto estava cumprindo sua pena.
Apresentação do Projeto “A arte como possibilidade de liberdade” realizado no Centro Socioeducativo São Jerônimo com meninas/adolescentes que cumprem medidas socioeducativas. O projeto aconteceu ao longo de 2020 de maneira virtual. Neste dia o congresso contará com a participação de convidadas do Centro Socioeducativo São Jerônimo.
Projetos diversos de arte educação em ambientes de privação de liberdade e trabalhos artísticos dentro de comunidades e como estas ações vão de encontro à prevenção à criminalidade e inserção de jovens na sociedade.
– Alexandra de Melo: Iluminadora, Arte-educadora e atriz no Coletivo NEGA. Estuda Licenciatura em Teatro na Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Junto ao Coletivo NEGA desenvolve o Projeto Mulheres Negras Resistem e no ano de 2019 o projeto se aconteceu no Presídio Feminimo de Florianópolis em parceria com o Programa de Extensão Pedagogia do Teatro e Processos de Criação coordenado pelo Prof. Dr. Vicente Concilio.
– Érika Vinhal: Diretora do Centro Socioeducativo São Jerônimo, unidade onde está sendo realizado o projeto “A arte como possibilidade de Liberdade” e que dá nome a este Congress
– Herlen Romão: Nasceu e vive em Belo Horizonte (no Aglomerado da Serra). Formada em arte educação pelo CEFART, superior em Serviço Social, Pós-Graduada em Gestão de Pessoas Pela FDC e em Gestão de Projetos Sociais e Culturais pela UFMG.
– Júlia Tizumba: Formada no Teatro Universitário da UFMG, em Jornalismo pela PUC Minas, mestra e doutoranda em Artes Cênicas, cantora e percussionista, Júlia começou seus estudos artísticos aos 10 anos de idade. É atriz da Companhia Burlantins e uma das idealizadoras da Mostra Benjamin de Oliveira. Também integra o Coletivo Negras Autoras, atuando como compositora, cantora e instrumentista. É regente e ministra aulas de percussão na Associação Cultural Tambor Mineiro e integrou o elenco dos musicais: “Elza”, “O Frenético Dancin Days”, “Oratório”, “NEGR.A”, “ERAS”, “Clara Negra”, “Madame Satã”, “Zumbi” e “O Negro, a Flor e o Rosário.
– Lana Thairine: Egressa do Sistema Prisional e flanelinha
– Luciana Campos: Possui formação em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e atualmente cursa Ciências do Estado na Universidade Federal de Minas Gerais. Atuou como professora e produtora cultural; atualmente trabalha como redatora e revisora. Integra o coletivo de poesia Nós, de versos. Cursou Dramaturgia no Galpão Cine Horto em 2017 e desde então vem estudando e pesquisando procedimentos para a escrita de novos textos teatrais.
– Nívea Sabino: poeta-slammer, ativista e educadora social, nasceu em 1980 no município que, por anos, carregou o nome do poeta Antônio Augusto de Lima, Nova Lima, onde reside até atualmente. Em 2002, graduou-se em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais e, hoje, atua na coordenação política do Fórum das Juventudes, da Grande BH.
– Vicente Concilio: diretor teatral e professor da Licenciatura em Teatro e do Programa de Pós-graduação em Teatro da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina). É autor do livro “Teatro e Prisão: dilemas da liberdade artística” e coordena ações teatrais no Presídio Feminino no Centro de Internação Feminina em Florianópolis, pesquisando o tema desde 2001. É líder, juntamente com a professora Viviane Narvaes, da Unirio, do Observatório de práticas artísticas no cárcere e em espaços de privação de liberdade.
O espetáculo reúne muitas vozes/depoimentos e diversas formas de se relacionar com o universo materno. A obra faz um mergulho nestes depoimentos e, a partir deles, fala da Mulher, da evolução da vida, da transitoriedade da dor e da permanência inexorável do amor.
Acontecerá com as atrizes cada uma de sua casa. A ideia é usufruir deste espaço privado para trazer outros significados para cena. Por tratar-se de um espetáculo de diversos depoimentos, estes podem acontecer na cozinha, no banheiro, quarto e, a partir deste exercício, entender como o espaço modifica cada cena.
Realização: Zula Cia. de Teatro
Coordenação de Produção: Talita Braga
Produção Executiva: Andréia Quaresma e Cristiane Moreira
Direção da versão original: Grace Passô
Assistência de Direção: Cristiano Araújo
Elenco: Andréia Quaresma e Talita Braga
Dramaturgia da versão original: Assis Benevenuto
Criação de luz: Cristiano Araújo
Cenografia e figurino: Eduardo Félix
Preparação Corporal: Joaquim Elias
Trilha sonora: André Veloso
Fotografia: Guto Muniz
Este workshop fez parte da pesquisa do universo feminino e materno que foi o ponto de partida para construção do espetáculo, “MAMÁ!”, o segundo da Zula Cia. de Teatro. A Cia. investigou, a partir de depoimentos de diversas mulheres, o universo feminino e as diversas experiências relacionadas à maternidade, tendo o foco nos conflitos e nós desta vivência, em situações que a mulher não encontra um lugar de expressão. A intenção é dividir com os participantes os jogos e reflexões que fizeram parte desta experiência.
A oficina terá 6 horas de duração, sendo 2 horas por dia com número limite de 30 participantes.
O espetáculo conta a história real de Rosângela, mãe de uma das atrizes da Cia. Um dia, Rosângela abandonou os três filhos e foi viver na rua por dois anos. Passou por todo o universo de drogas, prostituição e violências que a rua pode trazer. O espetáculo mergulha na história desta mulher e desmistifica de uma forma poética e respeitosa a figura da “Mãe”, refletindo a condição do feminino e da mulher na sociedade atual.
A apresentação acontecerá através de uma transmissão ao vivo pelo YouTube da Cia, a partir do C.A.S.A (Centro de Arte Suspensa Armatrux), localizado na cidade de Nova Lima, região metropolitana da cidade de Belo Horizonte e que foi um dos primeiros lugares em que este espetáculo se apresentou. Durante a transmissão as atrizes vão mesclar cenas ao vivo com trechos do espetáculo gravado.
Idealização: Talita Braga
Realização: Zula Cia. de Teatro
Coordenação de Produção: Talita Braga
Produção Executiva: Andréia Quaresma
Direção: Cida Falabella
Assistência de Direção: Cristiano Araújo
Elenco: Andréia Quaresma e Talita Braga
Dramaturgia: Zula Cia. de Teatro e Cida Falabella
Criação de luz: Cristiano Araújo
Preparação Corporal: Sérgio Penna
Cenário e figurino: Eduardo Félix
Criação de audiovisual e vídeos promocionais: André Veloso
Trilha Sonora: Zula Cia. de Teatro e Constantina
Agradecimentos: Rosângela Braga
A oficina foi elaborada a partir do processo de criação do espetáculo “As Rosas no Jardim de Zula”, cuja pesquisa foi fundamentada em teatro documentário. A ideia é dividir com todos os participantes as referências teóricas e exercícios práticos de atuação realizados ao longo do processo de criação.